Crédito de Carbono

Após a Revolução Industrial, que ocorreu no século XVIII, a utilização de combustíveis fósseis expandiu-se pelo mundo. Essa utilização desenfreada trouxe problemas ambientais graves, já que atualmente há uma concentração elevada dos GEEs (gases de efeito estufa) na atmosfera. O processo de geração de energia elétrica é um dos maiores responsáveis pela emissão dos GEEs.

Com a proposta de redução de emissão dos GEEs em pauta, o COP-3 da CQNUMC (Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) criou o Protocolo de Quioto. Esse protocolo entrou em vigor no dia 15 de fevereiro de 2005 e estabelece algumas metas de redução dos GEEs para os países inseridos no Anexo I. Essa redução deveria atingir um nível 5,2% menor do que o nível de emissão em 1990. Os países inseridos no grupo de países não-Anexo I não possuem metas de redução de emissão.

Para tornar possíveis essas reduções, por parte dos países do Anexo I, foram criados alguns mecanismos flexíveis. Um desses mecanismos é chamado de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Por meio do MDL, os países do não-Anexo I são estimulados a elaborar projetos visando à redução da emissão dos GEE`s. Cada tonelada de dióxido de carbono não emitida equivale a um crédito de carbono ou uma RCE (Redução Certificada de Emissão). Esses créditos de carbonos podem ser vendidos aos países incluídos no Anexo I, de maneira que se eles possuírem esses créditos de carbonos, eles estarão reduzindo a emissão dos GEEs na atmosfera.

Como mostra a tabela abaixo, a redução das emissões de todos os GEEs são convertidas para tCO2e (toneladas de Dióxido de Carbono Equivalentes), ou seja, a redução de 1 tonelada de metano equivale à redução de 21 toneladas de dióxido de carbono. A redução de 1 tonelada de Óxido Nitroso equivale à redução de 310 toneladas de dióxido de carbono, e assim em diante.

Gases de Efeito Estufa Potencial de Aquecimento Global em Relação ao CO2
CO2 Dióxido de Carbono 1
CH4 Metano 21
N2O Óxido Nitroso 310
HFC5 Hidrofluorcarbono 560 a 11.700
PFC5 Perfluorcarbono 6500 a 9200
SF6 Hexafluoreto de Enxofre 23.900

O valor negociado pelo crédito de carbono ou RCE pode variar de acordo com diversos fatores: oferta e demanda, risco, duração do projeto e etc.

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